A Bienal de Fotografia do Porto regressa em Maio com exposições que retratam a nossa relação com a Terra
A Bienal’21 regressa no dia 14 de Maio, com exposições no Porto, Lisboa e em ambiente virtual. Subordinada ao tema “O que acontece com o mundo acontece connosco”, esta 2ª edição retrata o papel da humanidade na sua relação com o planeta. Organizado e produzido pela Plataforma Ci.CLO, o evento é de entrada gratuita.
“O que acontece com o mundo acontece connosco” é o mote da Bienal’21 Fotografia do Porto, que acontece de 14 de Maio a 27 de Junho, com 19 exposições que convidam a reflectir sobre a relação da humanidade com o planeta. O evento, de entrada gratuita, apresenta conversas públicas sobre o impacto do ser humano no ambiente, 15 exposições na baixa do Porto, uma em Lisboa e três online, acessíveis através do site da Bienal’21.
“O nosso eixo temático é contribuir para uma maior consciencialização sobre as vulnerabilidades ecológicas e sociais que enfrentamos. De facto, o que acontece com o mundo acontece connosco. Esta ideia de espelho, de interligação e de inclusão é aquilo que nos interessa trabalhar porque na realidade está tudo interconectado”, refere Virgílio Ferreira, director artístico da Bienal’21 Fotografia do Porto.
Nesta 2.ª edição, a bienal acolhe, pela primeira vez, o workshop internacional Art in Action – Climate and Social Responsability. De acordo com o director artístico, a ideia é “desafiar organizadores de outros festivais, não só de artes visuais, mas também do teatro e da música, a pensar e partilhar estratégias” de responsabilidade social e ambiental. As inscrições para o workshop, que decorre nos dias 15 e 16 de Maio, podem ser feitas no site.
A Bienal’21 Fotografia do Porto, organizada e produzida pela plataforma Ci.CLO, desafiou 16 curadores e 46 artistas, nacionais e internacionais, a potenciarem a reflexão do público acerca da interdependência entre as diversas esferas da vida.
“Não só o que acontece no mundo, mas também tudo o que acontece aqui na Ci.CLO, acontece de forma muito orgânica e é isso que procuramos” nos artistas convidados, conta Virgílio Ferreira, sublinhando que as diferentes experiências e trabalhos de cada artista espelham a génese do evento.
Tim Clark, Lydia Matthews, Nuno Crespo, Pablo Berástegui, Susana Lourenço Mares e Salvatore Vitale são alguns dos nomes em exposição, que vai lançar dois protocolos, um para adultos e outro para famílias, com sugestões de exposições associadas, que tratam assuntos que se cruzam, de forma a proporcionar uma maior interacção do público com as 19 exposições. “A palavra e o vídeo também estão muito presentes” e a experiência in loco, como ressalva Virgílio Ferreira, é fundamental para “envolver o público nestes conteúdos.”
Texto editado por Ana Maria Henriques